Na quinta-feira, 3 de julho de 2025, o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) determinou a interdição ética total de uma clínica em Santa Cecília, devido a irregularidades graves na prestação de serviços médicos.
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Créditos da Imagem: TV FOCO |
A decisão, que impede médicos de atuarem na unidade até a regularização das falhas, foi tomada após a constatação de que a instituição não contava com equipe médica adequada, especialmente para a realização de partos e procedimentos cirúrgicos, colocando em risco a segurança dos pacientes.
A medida teve origem em uma vistoria realizada em maio pela equipe de fiscalização do CRM-SC, que identificou problemas críticos na operação da clínica. Durante a inspeção, foi verificada a ausência de médicos em todos os turnos, mesmo com pacientes internados, e a falta de uma equipe mínima especializada para procedimentos obstétricos. Não havia obstetra, anestesiologista ou pediatra com Registro de Qualificação de Especialista (RQE), profissionais essenciais para garantir a segurança em partos e outras intervenções médicas. A clínica foi notificada e recebeu um prazo de 30 dias para corrigir as inconformidades, mas não tomou providências efetivas, levando o Plenário do CRM-SC a deliberar pela interdição total em sessão realizada na última segunda-feira, 30 de junho.
A interdição ética, respaldada pela Resolução CFM nº 2.062/2013, proíbe qualquer atividade médica na unidade até que todas as irregularidades sejam sanadas e validadas pelo conselho. A decisão reflete a gravidade das falhas, que comprometem o atendimento seguro e qualificado, especialmente em uma área sensível como a maternidade. O CRM-SC informou que a clínica não apresentou melhorias no período estipulado, o que tornou a medida indispensável para proteger a população. O Ministério Público de Santa Catarina foi comunicado oficialmente para acompanhar o caso e adotar as providências cabíveis.
O CRM-SC reforçou seu compromisso com a qualidade da prática médica, destacando que a interdição visa garantir que a população receba atendimento seguro e de acordo com as normas técnicas. A clínica permanecerá fechada para atividades médicas até que comprove a contratação de profissionais qualificados e a adequação de sua estrutura. Enquanto isso, a fiscalização do conselho segue monitorando outras unidades de saúde no estado para evitar situações semelhantes. O caso serve como alerta para a importância de uma gestão responsável em instituições de saúde, especialmente em áreas onde a oferta de serviços é essencial para a sobrevivência de comunidades inteiras.
INFORMAÇÕES
Rádio Alvorada 94,5 Fm