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Disseram que não era nada”: menino de 8 anos morre após queda e família denuncia negligência médica

 



A morte de um menino de apenas 8 anos, ocorrida após dias de dores e busca por atendimento médico, gerou comoção e levantou sérias suspeitas sobre falhas no sistema de saúde em Santa Cecília, Santa Catarina. A criança faleceu na última quinta-feira, 23 de maio, dois dias depois de cair e bater a cabeça durante uma atividade em uma quadra de esportes da escola onde estudava. A família afirma que o garoto não recebeu o atendimento adequado e denuncia negligência médica. O caso já é investigado pela Polícia Civil, que aguarda laudos periciais para esclarecer as circunstâncias da morte.


Segundo o relato emocionado da mãe, o menino contou repetidamente que havia caído na quadra da escola e batido o rosto com força no chão. Ainda na terça-feira, dia da queda, ele voltou para casa aparentemente bem, mas acordou na madrugada seguinte gritando de dor, especialmente no olho. A mãe buscou atendimento em uma unidade básica de saúde, onde, segundo ela, a médica avaliou apenas ouvido e garganta e associou o quadro a uma gripe. No entanto, os sintomas se agravaram rapidamente.


No mesmo dia, a família voltou a procurar ajuda médica devido ao inchaço no rosto do menino. Ele foi levado a uma pediatra, que solicitou um exame de raio-x. Mesmo com dores, olhos inchados e roxos, a equipe médica teria optado por administrar apenas soro, descartando a necessidade de internamento imediato. Na madrugada de quinta-feira, o quadro piorou ainda mais, e a criança foi levada novamente ao posto de saúde, onde só havia atendimento pediátrico no período da tarde. Quando finalmente conseguiu ser atendido, já apresentava os dois olhos roxos, rosto severamente inchado e queixava-se de fortes dores abdominais.


De acordo com a mãe, a tomografia realizada não indicou fraturas, mas os sinais clínicos continuaram a se agravar. A internação foi autorizada, mas a transferência para um hospital em Caçador demorou a ser confirmada. A mãe relata que o filho gritava de dor e pedia para ir embora, completamente roxo e debilitado. Na ambulância, segundo relatos da avó, ele teria desmaiado no colo e chegou à emergência já inconsciente. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas não tiveram sucesso.


O delegado Thiago Passos, responsável pelo caso, confirmou a abertura de inquérito para apurar se houve falhas no protocolo médico ou omissão de socorro. Familiares e profissionais envolvidos nos atendimentos já foram ouvidos, e o laudo necroscópico, solicitado à Polícia Científica, será peça-chave na investigação. A prefeitura de Santa Cecília lamentou a morte do menino em nota oficial e afirmou estar colaborando com as autoridades, aguardando os resultados técnicos para avaliar eventuais medidas administrativas.


Outro ponto de indignação da família é o acesso às imagens de segurança da escola. A mãe relatou que pediu oficialmente as filmagens do momento da queda, mas não obteve retorno imediato. O pai pretende registrar boletim de ocorrência para garantir que as imagens sejam entregues, especialmente diante de rumores de que a criança não teria caído na quadra, o que a mãe contesta veementemente com base nas declarações repetidas do filho até seus últimos momentos de vida.


A comoção em torno do caso cresce na cidade, com vizinhos, amigos e moradores exigindo respostas e justiça. A família segue em luto, inconformada com a perda e determinada a esclarecer os fatos que levaram à morte precoce do menino.




INFORMAÇÕES 

Rádio Alvorada 94,5 Fm 

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